sábado, 14 de maio de 2011

Exortação à santidade (1 Pedro 1:13-25)

O Apóstolo Pedro começa nos alertando para que não nos sejamos seduzidos pelos maus desejos que possuíamos quando andávamos nos caminho errado, ou seja, quando não conhecíamos a verdade.

Quando nos convertemos a Jesus, passamos a seguir o Seu caminho, estabelecendo, assim, um divisor de águas em nossas vidas, onde morre a velha criatura (o ser mundano) e nasce um novo ser, uma nova criatura, (João 3:1-7), ou seja, deixamos de ser aquela pessoa que vivia na ignorância e passamos a viver em obediência aos mandamentos de Deus, portanto, deve haver uma mudança radical de comportamento, caso contrário, não há que se falar em conversão. É inadmissível que alguém que, verdadeiramente, tenha tido um encontro com Deus, permaneça praticando os atos de outrora, quando vivia no mundo.

O próprio Espírito Santo de Deus, que habita naqueles que amam a Jesus o incomodará em relação à prática daquilo que desagrada a Deus, pois a pessoa terá temor a Deus. Quem se diz cristão e não se importa em continuar fazendo o que é considerado pecado aos olhos de Deus, não teve um encontro verdadeiro com o Espírito Santo. A mudança ocorre instantaneamente e, no decorrer do processo, Deus vai moldando aquela pessoa ao seu padrão.

Uma das mudanças que ocorre na vida da pessoa que aceita Jesus é que esta passa a entender que existe um mundo espiritual e que as coisas que fizermos no mundo físico, produzirá efeitos espirituais e, portanto, passará a pensar antes de agir. Ela entenderá que sua conversão significa a libertação de uma vida de escravidão, onde o Diabo dominava sua mente e seu corpo e, com sua libertação, será dado início a uma guerra espiritual, na qual o inimigo tentará resgatar seu escravo e trazê-lo de volta à subvida, à escravidão. Portanto, o novo convertido deve ter consciência que sua conversão trará também lutas e dificuldades, porém, ele tem que crer que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam Jesus. O inimigo lançará dardos inflamados na mente do recém convertido, para tentar fazê-lo sair do caminho de Cristo, tentará, de todas as formas, convencê-lo de que não vale a pena abrir mão dos falsos prazeres que o mundo proporcional em prol de uma vida de renúncia.

Por isso é que Paulo nos orienta a ficarmos com a mente preparada e alerta, pois a nossa mente será o principal alvo do inimigo. Portanto, se nos mantivermos obedientes a Deus e fazendo tudo o que Lhe agrada, se buscarmos o conhecimento da Sua palavra, Ele nos dará o escape necessário para nos afastarmos do pecado. Não há tentação que não possamos resistir, Deus não nos submete a um jugo que não possamos suportar.

Sendo assim, não devemos culpar Deus quando algo dá errado em nossa vida, pois a própria palavra nos diz que nesta vida teremos tribulações, porém, é o próprio Deus que nos garante vitória e que tais dificuldades serão leves e momentâneas, pois Deus venceu o mundo.

Temos que viver buscando incansavelmente a santidade pessoal, lendo, estudando a Palavra, meditando nela dia e noite, orando, jejuando, para estarmos, cada vez mais próximos de Deus e fortes para suportarmos às ações do inimigo.



ESPERANDO NO TEMPO DE DEUS.

Todos nós sabemos que não é fácil esperar o tempo de Deus. Sempre que desejamos que algo aconteça em nossas vidas, a ansiedade em determinado momento acaba tomando conta e, então começamos a perder a paciência. Aí é que mora o perigo de pecarmos contra o Senhor, é o momento em que decidimos deixar de esperar em Deus e tentamos fazer as coisas acontecerem no nosso tempo. Então, no momento em que decidimos agir, Deus se retira, pois essa nossa decisão significa que decretamos que a partir daquele momento governaremos os atos e o destino de nossas vidas. Ocorre que ao assim decidirmos, todos sabem qual será o final da história, a DERROTA.

Deus sabe de todas as coisas e todos nós já ouvimos pelo menos uma vez na vida a frase “Deus tem uma obra na sua vida, Ele lhe dará a vitória.”, bem como na própria Bíblia encontramos diversas promessas de vitórias, porém, temos que cumprir a nossa parte, que é confiar e descansar no Senhor, deixar  Ele governar nossas vidas, pois as dificuldades virão nessa caminhada, mas, se perseverarmos, teremos a vitória. Em Deuteronômio 28:1-6, o Senhor diz: “Se vocês obedecerem fielmente ao Senhor, o Seu Deus, e seguirem cuidadosamente todos os seus mandamentos que hoje lhes dou, o Senhor, o seu Deus, os colocará muito acima de todas as nações da terra. Todas estas bençãos virão sobre vocês e os acompanharão, se vocês obedecerem ao Senhor, o Seu Deus: Vocês serão abençoados na cidade e serão abençoados no campo. Os filhos do seu ventre serão abençoados, como também as colheitas da sua terra e os bezerros e os cordeiros dos seus rebanhos. A sua cesta e a sua amassadeira serão abençoadas. Vocês serão abençoados em tudo que fizerem.” Vejam que Deus garante abençoar o povo, porém, há uma condicional, eles deveriam seguir todos os mandamentos dados por Deus.

Sendo assim, a nós cabe viver em obediência a Deus, cuidar em primeiro lugar do Seu Reino e Sua justiça, pois Ele cuidará de nós e todas as demais coisas nos serão acrescentadas.

Vamos estudar o texto de João 11 que nos ensina muito sobre saber esperar no Senhor. Esse texto fala da morte e ressurreição de Lázaro, porém, devemos analisá-lo de uma forma diferente para entendermos que vale a pena esperar em Deus.

JOÃO - CAPÍTULO 11

1 Havia um homem chamado Lázaro. Ele era de Betânia, do povoado de Maria e de sua irmã Marta. E aconteceu que Lázaro ficou doente. 2 Maria, sua irmã, era a mesma que derramara perfume sobre o Senhor e lhe enxugara os pés com os cabelos. 3 Então as irmãs de Lázaro mandaram dizer a Jesus: “Senhor, aquele a quem amas está doente”.

O texto começa narrando o reencontro de Jesus com Maria. Esta é aquela pecadora que em Lucas 7 havia lavado os pés de Jesus com suas lágrimas depois os enxugou com seus cabelos e os ungiu com perfume. Naquela ocasião Maria foi repreendida pelo fariseu que havia convidado Jesus para ceiar. Jesus então exaltou a atitude de Maria, pois todos que estavam ali, inclusive os apóstolos, nenhum deles haviam sequer O saudado com um beijo, tradição na época. Então, Jesus, no versículo 46 diz que muitos pecados daquela mulher haviam sido perdoados, simplesmente porque ela havia amado muito Jesus verdadeiramente. E Jesus ainda disse que aquele que pouco amou, pouco foi perdoado. E Jesus terminou dizendo “Sua fé a salvou; vá em paz”.

Portanto, vemos que Jesus reconheceu a atitude de amor e fé de Maria e perdoou os seus pecados, ou seja, a partir dali Jesus passou a habitar o coração de Maria e esta passou a segui-Lo. Passado algum tempo, Maria volta a reencontra-Lo, porém agora numa situação de enfermidade de seu irmão.

Lázaro estava doente e agora Maria e sua irmã Marta resolvem apelar para Jesus que já  havia feito muitos milagres e Lázaro era muito amado por Jesus. E chegam dizendo “Senhor, aquele a quem amas está doente”

E Jesus responde:

“4 Ao ouvir isso, Jesus disse: “Essa doença não acabará em morte; é para a glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por meio dela”. 5 Jesus amava Marta, a irmã dela e Lázaro. 6 No entanto, quando ouviu falar que Lázaro estava doente, ficou mais dois dias onde estava.”

Jesus sabe de todas as coisas, antes mesmo de receber o recado das irmãs de Lázaro Ele já sabia da doença dele, mas, também que aquela enfermidade não necessitaria ser combatida naquele momento, porque ela era para glorificação do Seu nome, então, após receber o recado de Maria e Marta, Ele permaneceu por mais dois dias onde estava, ou seja não fez nada.

Quantas vezes oramos a Deus pedindo para Ele nos livrar de determinada situação, vir ao nosso encontro imediatamente? Quantas vezes já fizemos isso? Oramos, jejuamos, buscamos a Deus e nada acontece, os problemas continuam e às vezes até pioram. Então, ao invés de glorificarmos a Deus mesmo na dificuldade, pois a palavra diz que em tudo temos que dar glórias a Deus, não fazemos isso, começamos a murmurar e culpar Deus pelo que está acontecendo.

Quando Deus permanece em silêncio não é porque não recebeu a nossa oraçãos, mas porque Ele usará aquela adversidade para que o milagre aconteça em sua vida e, com isso, o seu nome seja engrandecido através do seu testemunho. Se Jesus tivesse atendido o chamado de Maria e ido até Lázaro imediatamente, nenhuma honra seria dada ao seu nome, porque Ele teria feito que qualquer médico, curandeiro da época poderia fazer, não haveria um milagre, mas  Deus esperou pois sabia usaria aquela situação para que todos vissem que Ele era o filho de Deus, o único capas de ressuscitar mortos.

Portanto, quando Deus permite que algo ruim aconteça em nossa vida é para que o Seu nome seja glorificado e todos vejam que a vitória só foi obtida porque Ele interveio.

O interessante é que no versículo 11 Jesus diz: “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou até lá para acordá-lo”. Ocorre que Jesus sabia que Lázaro havia morrido, quando Ele fala “adormeceu” entenda-se “morreu”. Jesus amava Lázaro, mas permitiu que ele morresse para que sua glória viesse com a ressurreição dele. Jesus nos ama e sabe o que é melhor para nós, portanto, vamos descansar Nele. Veja o que diz os versículos 14 e 15: “14 Então lhes disse claramente: “Lázaro morreu, 15 e para o bem de vocês estou contente por não ter estado lá, para que vocês creiam. Mas, vamos até ele”.

O inimigo sempre usará alguém para nos fazer desistir ou até mesmo blasfemar contra Deus, tentar nos fazer acreditar que Deus nos esqueceu e que aquela causa é impossível de ser resolvida. Satanás faz isso porque sabe que o nosso Senhor é o Deus do impossível e que nada pode impedir o Seu agir, quando Deus intervém em nosso favor não há demônios que possa impedir o Seu querer. Naquela ocasião foi Tomé quem não creu e disse: “16 Então Tomé, chamado Dídimo, disse aos outros discípulos: “Vamos também para morrermos com ele”. Vejam, Jesus tinha acabado de dizer que Lázaro havia morrido para o bem de todos, mas, Tomé não tomou posse da palavra e creu estar indo para morrer com Lázaro ao invés de presenciar a glória de Deus.

Quantas vezes em nossas vidas deixamos de acreditar nas promessas de Deus, simplesmente porque está demorando mais do que gostaríamos ou porque alguém nos disse que aquilo é impossível, quantas vezes deixamos de receber a benção por duvidarmos de Deus? O Senhor não habita onde não há fé. Não devemos ser como Tomé que, diante daquela notícia de morte, creu na morte, quando recebermos notícia de morte, temos que crer que o Deus que servimos é aquele que morreu na cruz e venceu a morte quando ressuscitou ao terceiro dia. As notícias de morte devem ser recebidas como notícias de ressurreição.

 “17 Ao chegar, Jesus verificou que Lázaro já estava no sepulcro havia quatro dias. 18 Betânia distava cerca de três quilômetros de Jerusalém, 19 e muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria para confortá-las pela perda do irmão. 20 Quando Marta ouviu que Jesus estava chegando, foi encontrá-lo, mas Maria ficou em casa.”

Jesus nunca chega atrasado em nossas vidas, Ele chega no tempo certo, no tempo Dele. Já havia se passado quatro dias da morte de Lázaro. O texto que Jesus levou quatro dias para andar cerca três quilômetros, ora, essa é uma distância que podemos percorrer em um dia tranquilamente, porém, Jesus não tinha pressa, pois sabia que a situação de Lázaro seria resolvida. Se Jesus tivesse chegado lá no mesmo dia, a glória talvez não fosse dada a Ele, talvez questionariam se realmente foi Jesus que o ressuscitou, mas, passado quatro dias, não restavam dúvidas quanto à orte de Lázaro. É aí que Deus age, quando aos olhos humanos não há solução, quando humanamente está tudo perdido é que Deus intervém e ressuscita sonhos sepultados em nossas vidas.

Chegando ao sepulcro Jesus determinou que fosse retirada a pedra, mas marta disse que já havia se passado 4 dias e, portanto, o cheiro era ruim. Marta, apesar de estar ao lado de Jesus, ainda tinha dúvidas quanto ao poder de Jesus. Quantas vezes desistimos dos nossos sonhos, dizendo que Deus nos abandonou, pois não está acontecendo no tempo que desejamos. Naquela época havia uma crença local de que até o terceiro dia uma pessoa poderia ser ressuscitada, pois o espírito ainda estava por perto, mas neste caso eles já estavam no quarto dia, ou seja, nada mais poderia ser feito para ressuscitar Lázaro. E aí que Jesus entra, quando humanamente não há nada a ser feito.

Então, no versículo 40 Jesus diz: “Não lhe falei que se você cresse, veria a glória de Deus?” Depois a palavra conta que Jesus disse: “Lázaro, venha para fora!” E então o morto saiu.

Portanto, não podemos deixar que as adversidades abalem nossa fé, ainda que tudo nos diga o contrário, que os nossos sonhos morreram ou que Deus esqueceu de nós, temos que continuar crendo, para que vejamos a glória de Deus.

domingo, 1 de maio de 2011

EM TUDO DAI GRAÇAS A DEUS

...dando graças constantemente a Deus pai por todas as coisas, em nome do Senhor Jesus Cristo” (Efésios 5:20)

Para nós, todo dia deveria ser dia de ação de graças. Devemos ser gratos a Deus mesmo em meio aos problemas. O apóstolo Paulo, em 2 Coríntios 7:4, disse: “Minha alegria transborda em todas as tribulações...”. O apóstolo sabia que Deus estava operando em todas as coisas para o seu bem, pois ele amava o Senhor. Em Romanos 8:28 diz: “Sabemos que Deus agem e todas as coisas para o bem daqueles que o amam...”

Paulo sabia que era nos problemas, nas tempestades que ele mais se aproximava de Deus. Em 2 Coríntios 7, Paulo está narrando ao povo que durante sua viagem encontrou muitas dificuldades, ao chegar na Macedônia, não teve descanso, foi atribulado de todas as formas, conflitos externos e temores internos, mas, Deus mandou o consolo. Era Tito, Deus o envio para consolá-lo, trazendo notícias a respeito do povo, da preocupação que estavam tendo com Paulo, enfim, o encorajamento necessário para que Paulo prosseguisse.

Os problemas aparecerão em nossa vida, isso é inevitável, pois Deus mesmo os colocará em nosso caminho para que cresçamos como cristãos. Ele permitirá a vinda de tempestades, para que com elas nossas raízes se aprofundem na palavra de Deus. Uma árvore, quando possui raiz forte, pode vir o mais forte dos ventos e ela permanecerá firme, pode até envergar, mas, em seguida se levantará e continuará lá, firme.

Certo dia, um homem assistia à luta de uma lagarta para sair do casulo para finalmente se transformar numa linda borboleta. Desesperado e comovido com a luta da lagarta, resolveu ajudar, ele pegou uma lâmina e cortou cuidadosamente a borda do casulo, que lhe parecia muito estreito para a lagarta. A lagarta ficou livre do problema, mas, morreu em seguida.  Sabe por que? A lagarta tinha que passar por aquela luta para que pudesse nascer forte e bela, pois foi Deus quem decidiu colocar a lagarta no aperto, essa dificuldade era uma fase no processo de evolução da lagarta, é exatamente o pequeno diâmetro do orifício e o esforço necessário para atravessá-lo que fazem com que o coração da lagarta bata mais rápido,  e com essa superpulssão o sangue da vida inrrompe para dentro das asas, fazendo com que elas se soltem e levantem. Portanto, em toda dificuldade que encontramos em nossa vida há um propósito de Deus, elas fazem com que lutemos dentro do nosso casulo, que é o local onde nos encontramos, é aquele lugar onde ficamos a sós com Deus, onde ninguém mais sabe o que acontece. É na provação que o sangue da vida da fé em Deus nos ajuda a levantar nossas asas.

O inimigo tentará nos oferecer atalhos, assim como a navalha usada pelo homem que tentou ajudar a lagarta, porém, o resultado é o mesmo que vimos, esse atalho nos levará à morte, pois não conseguiremos abrir as asas e voar alto. Sendo assim, vamos tomar cuidado com os atalhos que surgem em nossas vidas.

Qualquer que seja o tipo de mal que nos sobrevenha, se estivermos em Deus e cercados por Ele como por uma atmosfera, o mal tem que passar por Ele antes de chegar a nós. Portanto, podemos agradecer a Deus por tudo o que nos acontece, não pelo pecado que haja no fato, mas pelo que Deus trará através dele. Possa Deus fazer de nossas vidas uma ação de graças contínua e um perpétuo louvor, então Ele fará de tudo uma bênção.

Fé e gratidão são amigas íntimas. Se você tem fé em Deus, será grato porque reconhece que a mão amorosa de Deus repousa sobre você, mesmo que esteja na cova dos leões. Essa gratidão lhe dará um profundo sentimento de alegria.

Temos muitas coisas para agradecer a Deus, olhe para sua vida e lembre-se do que Deus já fez por você, a situação atual pode estar difícil, mas, lembre-se do que Deus já fez e saiba que Ele nos deu promessas maravilhosas e preciosas que devem ser mais apreciadas do que o próprio ouro. Faça um grande favor a si mesmo: creia nas promessas do Senhor e dê graças constantemente a Deus por elas e deixe sua alegria completa.

Deus não mente.

“Muitas pessoas devem a grandeza de suas vidas às suas tremendas dificuldades.” — C. H. Spurgeon

sábado, 30 de abril de 2011

SEJA COMO DAVI E APRENDA A VENCER OS GIGANTES DA SUA VIDA

Apesar desta história ser conhecida por quase todos, vale a pena meditarmos nela, pois a Palavra do Senhor se renova a cada dia.

Golias era filisteu, nascido em Gate e possuía aproximadamente 3,30 cm de altura, ou seja um gigante. A Bíblia ensina que ele vestia um capacete de bronze e uma couraça de escamas de bronze que pesava cerca de 60 kg. Nas pernas usava caneleiras de bronze e carregava uma lança pesando 7 kg, ou seja, 77 kg só de equipamento, era, sem dúvidas, um guerreiro quase que invencível.

Golias desafiou todo o exército de Israel e pediu que designassem um homem para lutar com ele e quem vencesse se tornaria o senhor do perdedor que, conseqüentemente seria o seu escravo. Ao ouvirem isso, Saul e os demais israelitas ficaram apavorados, pois Golias era guerreiro desde sua mocidade e fisicamente amedrontava-os, pois não havia dentre eles nenhum guerreiro com características próximas.

Durante quarenta dias Golias repetiu esse cerimonial, ficava diante da tropa de Israel e os desafiava, porém, ninguém se prontificava a lutar, face o medo que os dominava.  Nesse ponto, cabe uma reflexão: O povo, durante todos esses dias, era desafiado e permanecia inerte, ficava intimidado pela aparência daquele gigante, a imagem que viam era, por si só, suficiente para desanimá-los, pois tinham olhos naturais, o medo os cegou a ponto de não verem que com eles havia o Senhor dos Exércitos e que jamais ninguém poderia vencê-los, mas se deixaram levar pelo medo.

Isso acontece muito em nossas vidas. Quando nos deparamos com alguns gigantes, simplesmente travamos, nada fazemos, pois nos falta confiança em Deus, apesar de sabemos que Ele nunca nos deixará, nos falta de fé e damos espaço para que o medo venha a agir e, conseqüentemente, impedimos o agir do sobrenatural de Deus em nossa vida e nos acomodamos com as coisas naturais. Esse gigante possui vários nomes, pode ser a falta de emprego, a ansiedade, problemas financeiros, doenças, enfim, diversas situações adversas que tentam minar as nossas forças. O que precisamos entender é que Deus age no sobrenatural.

Enquanto o exército de Israel era desafiado todos os dias, Davi continuava a realizar seus afazeres, cuidando das ovelhas de seu pai. Certo dia seu pai pediu que levasse alimento para seus outros três irmãos mais velhos que estavam na guerra e que lhe trouxesse prova de que estavam bem.  Davi era muito responsável e acordou de madrugada, deixou seu rebanho sob cuidado de outro pastor e foi fazer o que seu pai havia lhe mandado e quando chegou próximo da linha de batalha ficou conversando com alguns soldados, quando ouviu o desafio que Golias lançava todos os dias. Os israelitas quando viam Golias ficavam atemorizados e corriam.

            Davi se indignou daquilo que havia visto, os homens de Israel aterrorizados diante de Golias. Davi, ao contrário, não demonstrou medo, mesmo sem saber ao certo quem era aquele filisteu que estava desafiando o seu Deus. Davi sabia a respeito do que seu Deus era capaz de fazer, sabia que nada poderia detê-lo, ele não admitiria que alguém pudesse desafiar e humilhar o seu Deus.

            Ao ser visto conversando com os soldados, Davi foi repreendido por seu irmão mais velho, já que ele deveria estar cuidando das ovelhas do seu pai. O que seu irmão não sabia é que Davi já havia deixado um pastor a cuidar de suas ovelhas. Aos olhos de seu irmão, a única função de Davi era apascentar ovelhas, portanto, não deveria perder tempo assistindo aquela guerra. Davi foi desprezado por seu irmão e pelo rei, pois o seu porte físico não inspirava muita confiança. Diante do porte de Golias, era humanamente impossível alguém acreditar que Davi pudesse vence-lo, porém, Deus confiava e isso era o suficiente. 

           Em nossas vidas, quantas vezes somos menosprezados? Há alguém que nos vê de forma única, olha em nosso interior e enxerga aquilo que ninguém pode ver, somente Ele, Deus. Ele vê o nosso interior, a nossa alma. Portanto, não devemos nos abater diante de julgamentos humanos, mas, devemos apenas confiar em Deus, pois Ele estará sempre ao nosso lado, lutando a nossa peleja, nos garantindo a vitória sempre. Davi sabia disso e não desistiu.

            Ao ser confrontado pelo rei, Davi falou a Saul das experiências que havia tido com Deus e dos livramentos que já havia recebido anteriormente, portanto, Deus não deixaria de atendê-lo novamente. Quando estivermos diante de gigantes em nossas vidas, precisamos recordar o que Deus já fez por nós, dos livramentos que tivemos anteriormente e, garanto, não foram poucos. Isso nos fará lembrar que Deus está conosco e que não há gigante capaz de nos derrotar, desde que estejamos levando uma vida de temor e obediência.  Isso nos dará a força necessária para lutar. Foi o que Davi fez para convencer o rei de que tinha comunhão com Deus, ele deu o seu testemunho pessoal.

            Ao ver que Davi tinha relacionamento com Deus, o rei autorizou que lutasse. Em momento algum Davi temeu Golias, pois sabia que Deus lutaria por ele e quando Deus luta ninguém o vence.

            Então, podemos aprender a primeira lição para vencermos os gigantes de nossas vidas:

1) CRER QUE DEUS LUTA POR NÓS: Autorizado a lutar, Davi recebeu de Saul a armadura do Rei, especialmente preparada para grandes batalhas, imagino que era feita com o melhor material disponível naquela época, devia ser super resistente. A intenção era dar a Davi uma segurança maior, uma proteção a mais contra Golias. Ocorre que Davi ao vestir a armadura não conseguiu sequer andar com aquilo, tornou-se algo incômodo e pesado demais, ele não estava acostumado com aquilo, jamais havia vestido armadura de guerra. Então, decidiu tirar aquilo e lutar com seu cajado, cinco pedras, um alforje e uma atiradeira, armas com as quais estava acostumado e que possuía habilidade para manuseá-las. Aliás, é importante ressaltar que Deus havia dado a Davi a habilidade para usar essas armas e não outra qualquer. Portanto, Davi resolveu lutar com as armas dadas por Deus e não com a armadura do homem.
            Golias, todo ornamentado para guerra, com aproximadamente 77kg de equipamento, ao ver Davi com aquelas armas o desprezou, pois não imaginaria que um jovem franzino com algumas pedras pudesse vencê-lo. Davi, porém, não se intimidou e desafiou Golias, dizendo “você vem contra mim com espada, lança e dardo, mas vou contra você em nome do Senhor dos Exércitos de Israel, a quem você desafiou”. Davi sabia que não era ele quem iria lutar, mas, sim, Deus era quem lutava por ele, por isso cria que não seria vencido, o nome e a honra do Senhor haviam sido desafiados.

            Outras duas lições que podemos tirar dessa passagem:

2) DAVI USOU AS ARMAS QUE DEUS LHE HAVIA DADO: Muitas vezes tentamos agir como “Ciclano” ou “Beltrano” e acabamos nos frustrando, pois estamos, com isso, desprezando os dons que Deus nos deu. Cada pessoa tem as armas dadas por Deus para vencer, mas, infelizmente, essas pessoas acabam olhando demais para os outros e tentando usar a armadura que não fora feita para elas. A Davi foi oferecida a armadura do rei, ou seja, a melhor armadura disponível, quem naquela época rejeitaria tal privilégio? Davi, porém, não agiu assim, pois sabia que as suas habilidades seriam muito melhor aproveitadas se lutasse sem tal armadura.  Com certeza se Davi tivesse lutado com a armadura de Saul, teria sido derrotado, pois não aquela não era a arma que Deus havia lhe dado;

3) DAVI NÃO BUSCAVA SUA PRÓPRIA GLÓRIA: Nós temos que viver em obediência a Deus, pois assim teremos comunhão com Ele e Ele lutará por nós. A peleja é Dele e não nossa, por isso, tudo que venhamos a fazer deve ser para honra e glória do Senhor, que toda honra e glória seja dada a Ele. Quando Golias se dirigiu a Davi, este correu ao seu encontro, arremessando uma pedra contra ele, atingindo-o no cabeça, derrubando-o. Estando Golias caído ao chão, Davi desembanhou sua espada e cortou-lhe a cabeça. Podemos ver que Davi não exitou diante do gigante, foi ao seu encontro e o atacou, pois cria que a vitória já havia sido lhe dado por Deus. Portanto, temos que correr em direção ao que Deus colocou diante de nós, ainda que seja um gigante e que tenhamos apenas uma pedra nas mãos.  Deus nos deu espírito de covardia.

“7 Pois Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio.” (II Timóteo 1:7)

quarta-feira, 27 de abril de 2011

CUIDADO COM O QUE ESTAMOS OLHANDO

“34 Os olhos são a candeia do corpo. Quando os seus olhos forem bons, igualmente todo o seu corpo estará cheio de luz. Mas quando forem maus, igualmente o seu corpo estará cheio de trevas. 35 Portanto, cuidado para que a luz que está em seu interior não sejam trevas. 36 Logo, se todo o seu corpo estiver cheio de luz, e nenhuma parte dele estiver em trevas, estará completamente iluminado, como quando a luz de uma candeia brilha sobre você” (Lucas 11:34-36)

A Palavra diz que os olhos são candeias do corpo, quando eles forem bons, todo corpo também será e estará cheio de luz. Por outro lado, ela nos alerta também, dizendo que  os nossos olhos, quando voltados para o mal, trarão trevas ao nosso corpo. Portanto, para onde olhamos é que poderá nos levar à luz ou às trevas.

Os nossos olhos são instrumentos poderosos para determinar o que entrará em nosso corpo e até mesmo ser um instrumento para nos levar ao pecado. É através dos nossos olhos que captamos imagens que poderão ou não alimentar sentimentos pecaminosos. Cabe a nós decidir para onde olharmos.

Se quisermos ser luz, temos que olhar para as coisas lícitas aos olhos de Deus. Se começarmos a olhar para as coisas do mundo, com certeza, em questão de pouco tempo, estaremos alimentando desejos pecaminosos, pois os nossos olhos serão portas de entradas para as trevas em nossas vidas.

Os olhos maus estão voltados sempre para as coisas que desagradam a Deus, são ambiciosos, egoístas, adúlteros, maliciosos, glutões, etc... Se nos alimentarmos disso, com certeza, nos distanciaremos de Deus.

O inimigo sempre nos tentará a olhar para o mal e caminhar em direção ao pecado. Essa luta é constante, inclusive, a Palavra diz que se os nossos olhos nos fazem pecar, devemos arrancá-los, é melhor entrar cego no céu do que com os dois olhos no inferno.

A mudança de caráter produz a mudança de olhar e, consequentemente, os olhos se voltarão para as coisas boas. Portanto, devemos ter cuidado para o que temos olhado, isso inclui, televisão, filmes, etc..., pois temos que direcionar nossos olhos às coisas santificadas a Deus, pois isso será fator determinante para nos levar à luz ou às trevas.

Amém!!!

LOUVOR

Cristina Mel - Nuvem Passageira

CONFIAR, SOMENTE EM DEUS

“Assim diz o SENHOR: ‘Maldito é o homem que confia nos homens, que faz da humanidade mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do SENHOR. Ele será como um arbusto no deserto; não verá quando vier algum bem. Habitará nos lugares áridos do deserto, numa terra salgada onde não vive ninguém. “Mas bendito é o homem cuja confiança está no SENHOR, cuja confiança nele está. Ele será como uma árvore plantada junto às águas e que estende as suas raízes para o ribeiro.  Ela não temerá quando chegar o calor, porque as suas folhas estão sempre verdes; não ficará ansiosa no ano da seca nem deixará de dar fruto”. (Jeremias 17:5-8)


O texto bíblico acima nos ensina algo precioso e que na maioria das vezes só aprendemos através da dor. Deus nos ensina que não devemos confiar no homem, ou seja, que não podemos fazer da natureza humana a nossa força, pois isso nada pode nos trazer de benefício, nenhuma garantia temos no homem, mas, somente em Deus, que criou a humanidade.


É fácil encontrarmos diversos testemunhos de pessoas que depositaram sua confiança em homens e foram, em determinado momento, traídas e experimentaram experiências amargas. E quando falamos de homens, isso inclui também pessoas da própria igreja, muitas vezes, pastores, presbíteros, diáconos, etc..., pois, infelizmente, isso existe muito na igreja atual.


Portanto, a nossa confiança deve estar centrada apenas em Deus, pois somente Ele é quem nos dá a garantia de uma vida eterna e Deus é sempre fiel e tem sempre o melhor para as nossas vidas. Deus não muda de idéia acerca daquilo que Ele decide, Nele podemos confiar.


O fato de confiar no homem é algo tão grave aos olhos de Deus, que Ele classifica como “maldito” aquele que confia no homem. Isso se deve, pois ao confiarmos na força do homem, estamos desprezando o poder de Deus, na verdade estamos criando um deus para as nossas vidas. É o mesmo que chegarmos para Deus e dizermos: “Não preciso mais do Senhor, pois agora tenho uma pessoa em que posso confiar e está mais próximo de mim”.


Quem confia no homem é como um arbusto no deserto, ele habitará em lugares áridos, em terras salgadas onde não vive ninguém. Ora, quem deseja ser como um arbusto seco no deserto, numa paisagem de pura destruição, sem qualquer condição de vida. Que tipo de fruto um arbusto deste poderá gerar? Com certeza nenhum. Assim é a vida do cristão que opta em confiar em homens, ele secará e não transmitirá vida, não produzirá fruto algum e o seu fim será a morte.


Há, porém, aqueles que não se deixam enganar por falsas promessas de homens e permanecem firmes nos pés do Senhor, não importa a situação que estejam passando, continuam firmes, com sua fé inabalada. Esses, a Palavra de Deus diz, que são seres “benditos”, ou seja, abençoados, e ao contrário daqueles que confiam em homens, serão como uma árvore plantada junto às águas, cujas raízes se estendem para o ribeiro e que não temerão quando chegar o calor, pois suas folhas estão sempre verdes e, na seca, também não se preocuparão, pois nunca deixará de dar frutos. Esse é o verdadeiro cristão, ele jorra vida em abundância e não importa a circunstância que esteja passando, nunca deixará de crer nas promessas do Senhor e continuará firme, confiando apenas no Senhor, ainda que todas as circunstâncias digam não, ele seguirá fazendo a obra, levando salvação àqueles que tanto necessitam.


Portanto, o nosso comportamento deve ser esse: confiar somente em Deus. É Nele que as nossas esperanças devem ser depositadas, nenhum homem pode nos oferecer algo eterno, somente o Senhor tem esse poder.


Amém.



Com temor a Deus evitamos o mal

“...com o temor do Senhor o homem evita o mal”. (Provérbios 16:6)

A Palavra diz que é pelo temor a Deus que o homem se afasta do mal (pecado). Se o homem desprezar esse temor a Deus, selará o seu destino – o inferno, porque ele não deixará o pecado. O homem somente o abandonará quando deixar o temor a Deus invadir o seu coração pecador.

Aquele que está se deliciando com os prazeres da carne, fazendo tudo o que bem entende, se afastando de Deus, bebendo, fumando, se drogando, se prostituindo, adulterando, enfim, vivendo em pecado, somente abandonará tais práticas quando perceber que há um Deus justo que um dia o julgará por tais práticas e que a sua sentença será viver eternamente no inferno. 

Podemos comparar o pecador a uma criança que brinca diante do fogo, no primeiro momento ela se encanta com a sua aparência e temperatura, porém, não imagina as queimaduras que pode lhe causar. Alguém precisa alertá-la sobre isso e tirá-la de lá. O mesmo acontece com o pecador, precisamos resgatá-lo, confrontando-o com a verdade, mostrando qual será o seu destino, caso continue pecando.

A abordagem deve ser a mais franca possível, temos que mostrar que Deus é justo e que o condenará ao inferno, onde há dor e ranger de dentes. Não adianta fazermos uma abordagem amena, amorosa, com medo da sua reação, nada disso, temos que abrir o jogo e falarmos a verdade. Se após isso, ele decidir continuar fazendo as mesmas coisas, não teremos mais responsabilidade sobre o seu destino, porque fizemos a nossa parte, que era mostrar-lhe o caminho, levar a palavra de Deus para ele. Se, porém, não o alertarmos, aí, sim, seremos responsáveis perante Deus por seu destino, pois teremos omitido a verdade sobre a salvação.

O pecador precisa saber que Deus é amoroso e misericordioso, porém, Ele também é justo e o julgará por seus atos pecaminosos e que, inclusive, o seu destino poderá ser o inferno ao invés do Reino dos Céus.

A exposição à verdade, esse confrontamento, fará com que nasça o temor em seu coração, pois saberá que seus atos produzirão reflexos em sua vida presente e futura, passará a considerar tudo que fala, pensa ou realiza. Pensará sempre no que Deus pensa a respeito daquilo que pretende fazer. Então, o temor o aproximará de Deus, já que a prática do mal lhe afastava do Senhor.

Portanto, devemos, todos os dias, buscar intimidade com Deus para que possamos falar da Sua Palavra com propriedade, conhecimento e que o Espírito Santo tenha habitação em nós. O nosso papel é lançar a semente para que o Espírito Santo de Deus dê o crescimento.

Amém!!!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

APRENDENDO A ORAR COM NEEMIAS

Uma das principais características de Neemias é que ele era um homem de oração. Antes de fazer algo, ele primeiro orava e depois planejava. Por isso foi vitorioso em tudo que fez e, principalmente, no projeto de reconstrução dos muros de Jerusalém. Aliás, tal objetivo, aos olhos humanos, era impossível de ser conquistado, mas, Neemias cria no Deus do impossível e terminou sua tarefa em tempo recorde, levou apenas 52 dias para construir algo que estava parado há mais de 90 anos. Como ele conseguiu? É simples, buscando Deus em primeiro lugar.

Neemias passava dias orando, jejuando, buscando aproximação com Deus. Quando soube da situação destruidora em que se encontrava Jerusalém, ficou triste e por dias buscou incansavelmente a direção de Deus a respeito. Sabia que precisava fazer algo, mas, buscou de Deus a direção (Neemias 1:5-10). É isso que devemos fazer, muitas vezes erramos por tentar resolver tudo à nossa maneira, sem saber o que Deus quer que façamos.

Neemias orava com base no caráter de Deus, exaltando que Ele é grande, temível, fiel e misericordioso. Em nossas orações precisamos exaltar que o nosso Deus é maior que qualquer situação que estejamos passando  e lembrar que sua fidelidade e misericórdia. Deus se agrada quando reconhecemos Suas qualidades.

Além disso, a nossa oração deve estar em consonância com a vontade de Deus, temos que colocar a situação dentro da perspectiva correta, ou seja, não adianta pedirmos algo que seja contrário aos ensinamentos do Senhor.

Precisamos reconhecer a nossa natureza pecadora e pedir perdão a Deus, pois pecamos sempre e, além disso, clamar que, por sua misericórdia, atenda o nosso pedido, que deve ser também a vontade de Deus para as nossas vidas. É importante entendermos que o fato de querermos algo não significa que isso seja o que Deus tem reservado para as nossas vidas, portanto, poderemos e teremos muitos pedidos que não serão aceitos e atendidos por Deus, pois Ele sempre sabe o quem é melhor para nós. Muitas pessoas não têm o que pedem, pois pedem o que Deus não quer que elas tenham, pois não é o momento. Temos que clamar para que seja feita a vontade Dele  e não a nossa.

Reconhecido o poder e a natureza de Deus, colocado o nosso pedido dentro do que é a vontade de Deus, pedido perdão pelos nossos pecados, nos cabe agora “lembrar” Deus de Suas promessas para o seu povo. É claro que Deus não precisa ser lembrado de nada, porém, devemos invocar Suas promessas para demonstrarmos que valorizamos a nossa herança. Nos versículos 8 e 9, Neemias cita a promessa feita ao povo por Moisés e as reivindica, coloca-se na posição de herdeiro delas. Portanto, é necessário admitir quem Deus é, quem eu sou e invocar Suas promessas para nossa vida que, aliás, são mais de 8.000.

Outro ponto que deve ser abordado na oração é a sua objetividade. O fato de falar muito não significa que Deus se agrada, Ele não gosta das orações repetitivas, pois não é o muito falar seremos ouvidos (Mt. 6:7,8). Neemias era específico, sabia muito bem o que queria de Deus (vs. 10 e 11), foi direto ao que lhe interessava, pediu para que fosse bem sucedido naquele projeto, que também era projeto de Deus. O Senhor sabe do que precisamos, muito antes de pedirmos, porém, ao orarmos temos que saber pedir, pois muitos não têm porque não sabem pedir.

Enfim, uma oração de qualidade, segundo Neemias, deve conter as seguintes características:

- CONVICÇÃO DE QUEM DEUS É;
- CONFISSÃO DOS PECADOS;
- SEGURANÇA AO PEDIR;
- COMPROMISSO COM DEUS.

Antes de planejarmos algo, precisamos orar, para evitarmos frustrações.


ANDANDO SOBRE AS ÁGUAS

(Mateus 14: 22-33)

“22 Logo em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e fossem adiante dele para o outro lado, enquanto ele despedia a multidão. 23 Tendo despedido a multidão, subiu sozinho a um monte para orar.  Ao anoitecer, ele estava ali sozinho, 24 mas o barco já estava a considerável distância da terra, fustigado pelas ondas, porque o vento soprava contra ele. 25 Alta madrugada, Jesus dirigiu-se a eles, andando sobre o mar. 26 Quando o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram: “É um fantasma!” E gritaram de medo. 27 Mas Jesus imediatamente lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenham medo!” 28 “Senhor”, disse Pedro, “se és tu, manda-me ir ao teu encontro por sobre as águas”. 29 “Venha”, respondeu ele. Então Pedro saiu do barco, andou sobre as águas e foi na direção de Jesus. 30 Mas, quando reparou no vento, ficou com medo e, começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31 Imediatamente Jesus estendeu a mão e o segurou. E disse: “Homem de pequena fé, por que você duvidou?” 32 Quando entraram no barco, o vento cessou. 33 Então os que estavam no barco o adoraram, dizendo: “Verdadeiramente tu és o Filho de Deus”.


Não há nada de errado em passarmos a maior parte do tempo de nossa vida orando para que Deus se revele a nós de forma tangível, ou seja, que tenhamos experiências pessoais com Ele, que possamos vê-lo, senti-lo ou até mesmo tocá-lo, ao contrário, isso alimenta a nossa fé, nos mantém vivos espiritualmente, pois nos faz buscar um relacionamento íntimo com Deus.

Ocorre que nem sempre as pessoas estão preparadas para terem a sua fé provada, já que Deus, em algum momento, vai provar se realmente essa fé é genuína ou apenas circunstancial. É claro que Deus se agrada daquela pessoa que tem uma vida de oração e de obediência, pois Ele mesmo disse que tem muito mais valor a obediência do que o sacrifício. Acontece que Deus é justo e não aceita hipocrisia dentro da sua igreja e, com certeza, em algum momento, Ele irá provar se realmente confiamos Nele a ponto de deixá-lo guiar as nossas vidas.

Podemos ouvir muitos irmãos dizer que Deus é soberano em sua vida, mas, na prática, enxergamos que essa mesma pessoa não confia o suficiente para deixar que Ele governe sua vida. Esse irmão deixa Deus agir até o momento em que as coisas estão acontecendo conforme a sua vontade, ou seja, tudo seguindo o seu script, porém, quando a vontade de Deus começa a prevalecer e, via de regra, vai contrariar seus planos, então, ele tira de Deus o controle da situação e passa a viver de acordo com a sua vontade e não com a vontade de Deus. A conseqüência de tal atitude é desastrosa, virão muitas derrotas e decepções e, na maioria das vezes, esse irmão murmurará contra Deus e o culpará pelos fracassos de sua vida, sendo que ele mesmo poderia ter evitado isso, caso tivesse deixado Deus no controle de sua vida.

Os planos de Deus para as nossas vidas se cumprirão, pois Ele é fiel e cumpre tudo que nos promete, porém, as coisas acontecerão no tempo Dele e não no nosso. Esses planos não podem ser frustrados pelos homens ou até mesmo por Satanás, o único ser que pode impedir o cumprimento das promessas de Deus para as nossas vidas somos nós mesmos. A partir do momento em que tirarmos Jesus do controle do barco de nossas vidas, seremos vencidos pelos ventos.

Era alta madrugada, portanto, muito escuro, e os discípulos de Jesus estavam num barco em alto mar. Derrepente, são surpreendidos com algo que vinha ao seu encontro, andando sobre as águas e ficaram aterrorizados. Imaginemos a cena: você está num pequeno barco, velejando em meio à escuridão, pois já era alta madrugada, talvez a única iluminação fosse a lua, mas, ainda, sim, não teria tanta visibilidade, quando é surpreendido ao ver alguém vindo em sua direção e, pior, andando sobre as águas. Qual seria a sua reação? Creio que teríamos a mesma dos discípulos, medo.

Os discípulos eram pessoas que conheciam Jesus intimamente, seriam capazes de reconhecê-lo em qualquer lugar, porém, tiveram medo, o confundiram com um fantasma e a Palavra diz que eles gritaram de tão apavorados estavam. Aqueles homens tiveram medo, mas, do que? Ora, Jesus já havia dado a eles , dentre outros poderes, o de expulsar demônios (Mateus 10:8), portanto, um simples fantasma não seria problema, bastaria clamar a Deus e enfrentá-lo, pois eles tinham poder para isso, porém se deixaram levar por aquilo que viram, ou seja, mantiveram o foco na situação.

Muitas pessoas têm dificuldade em entender que Deus utiliza-se de várias estratégias para cuidar de nós. Ele pode falar conosco de forma amorosa e doce ou, dependendo do tratamento que receberemos Dele, poderá falar de forma mais rígida, a fim de forjar nosso caráter. Tudo vai depender do nosso estado clínico para Deus nos submeter ao devido tratamento. Sendo assim, Ele poderá cuidar de nós, colocando-nos em situações de adversidade, para que possamos nos aproximar mais Dele. Infelizmente, a maioria das pessoas só busca Deus quando está tudo bem, quando suas vidas estão prósperas  e regadas por felicidade e saúde, então, Deus quer saber se realmente aquela pessoa o ama de verdade ou quer apenas receber suas bençãos. Não estou dizendo que Deus é ruim, nada disso, estou apenas afirmando que Deus sempre tem o melhor para nós, ainda que todas as circunstâncias digam o contrário, Deus estará ao nosso lado, cuidando de nossas vidas.

Portanto, quando aparecerem fantasmas em nossas vidas, não devemos temer, pois temos um Deus maior, que venceu a morte e que nos ama incondicionalmente e, nunca permitirá que sejamos destruídos, mas, para isso, temos que viver em obediência aos seus mandamentos. Dessa forma, saberemos distinguir o que realmente é um fantasma e, aí, derrotá-lo, e quando trata-se de Deus moldando o nosso caráter para que possamos estar aptos a habitar em seu Reino.

Jesus ao ver que seus discípulos estavam apavorados, se identificou e tentou confortá-los, mas, ainda sim, Pedro duvidou. Pediu a Jesus um sinal para que não restasse dúvida quanto à sua identidade. Em atitude de fé, pediu para que Jesus lhe recebesse e que ele fosse ao seu encontro sobre as águas. Jesus consentiu com o pedido e Pedro começou a andar sobre as águas, porém, quando percebeu o vento, Pedro ficou com medo e começou a afundar, foi quando Jesus o segurou e disse “Homem de pequena fé, por que você duvidou?”. Então, voltaram e quando entraram no barco o vento cessou e todos o adoraram.

Voltando à introdução desse estudo, eu disse que muitas pessoas passam a maior parte de suas vidas orando para que Deus ouça suas orações e as submetam às experiências mais íntimas com Deus, querem sentir a sua presença, ouvir a Sua voz, mas, a verdade é que nem todas que pedem isso têm fé suficiente para vivenciar tais feitos. Pedro era apóstolo de Jesus, tinha uma condição privilegiada, pois convivia e era ministrado diariamente por Jesus, portanto, tinha conhecimento das escrituras, mas, ainda sim, teve pouca fé e quase se afogou.

Não temos como confiar 50, 60 ou 99% em Deus, a nossa confiança deve ser sempre total (100%), devemos deixá-lo dirigir o nosso barco e apenas confiar que nenhum vento ou tempestade será capaz de afundá-lo, pois dentro dele está Jesus. Coloque Ele dentro do barco da sua vida e nada impedirá que os seus planos se realizem e, melhor, que os propósitos de Deus se cumpram. Muitos ventos surgiram nessa viagem, mas, não devemos temer, não podemos fazer como Pedro que, em determinado momento tirou o foco de Jesus e se concentrou no vento, ele deixou de olhar para Jesus e olhou para o problema, para o vento. A partir do momento em que deixarmos de ter o foco em Jesus e passamos a nos concentrar nos ventos, as coisas piorarão, pois Jesus não poderá agir e, conseqüentemente, aos poucos afundaremos e quando percebermos que estamos com água até o pescoço, aí sim, lembraremos de Jesus e clamaremos para que Ele estenda sua mão e nos resgate. Não vamos deixar chegar a esse ponto, que tal continuar focados em Jesus e andando sobre as águas, vencendo as tribulações?

Deus é educado, não governará a nossa vida sem que haja um consentimento, Ele não invadirá nosso barco e tomará o controle, não, ele ficará próximo, esperando a nossa ordem e, então, nós diremos “Venha, governe a minha vida, dirija o barco da minha vida e livra-me de todos os ventos e tempestades”. Assim estaremos sempre sobre as águas.